quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Aspectos fisiográficos da Suécia

A Suécia apresenta uma topografia de formas relativamente simples, que reflete uma estrutura geológica bastante uniforme. Todo o território sueco, com exceção da pequena península de Scania, é constituída de rochas muito antigas, da era paleozóica. São granitos e gnaisses, formados há dois bilhões de anos ou mais, que integram o chamado escudo fino-escandinavo, que abrange toda a península escandinava. Já a Scania é formada de rochas calcárias originadas na era mesozóica, provavelmente no cretáceo. As principais elevações encontradas na Suécia são as cadeias montanhosas que se erguem na fronteira com a Noruega.
São remanescentes de dobramentos caledonianos que sofreram processos erosivos e tomaram sua forma atual nos levantamentos alpinos da era cenozóica, posteriormente trabalhados pela erosão glacial. Sentem-se os efeitos da glaciação em depósitos de morainas, vales em U, lagos glaciais e todas as demais formas típicas. Do norte para o sul, a Suécia é tradicionalmente dividida em três regiões: (1) Norrland, a região das montanhas e florestas, onde estão os picos mais elevados, o monte Kebne ou Kebnekaise (2.111m) e o monte Sarek ou Sarektjåkkå (2.089m); (2) Svealand, uma zona de baixadas (no leste) e planaltos (no oeste), onde estão as maiores concentrações urbanas e a maioria dos lagos do país; e (3) Götaland, que abrange os planaltos modestos de Småland, zona de solos pobres e rochosos, e, no extremo sul, as ricas planícies de Scania, que, graças aos solos ricos formam a área agrícola mais povoada do país.
Clima
Cerca de 15% do território sueco está situado ao norte do círculo polar ártico e, até mesmo Estocolmo, no sul, tem noites curtas no verão e períodos igualmente curtos de luz solar no inverno. A corrente quente do golfo ameniza as condições climáticas do território sueco. As baixas temperaturas de inverno conseguem congelar, porém, as águas do golfo de Bótnia. A zona interior do norte do país recebe neve forte e apresenta temperaturas extremamente baixas, que podem chegar a -40°C, enquanto no sul os invernos variam mais de ano a ano e trazem temperaturas mais suaves (médias em janeiro de -5 a 0° C) e muito menos neve. Os verões no sul e no centro tendem a ser ensolarados e amenos. A precipitação anual oscila entre 1.000mm, na costa ocidental do sul da Suécia, e 700mm, na costa oriental.
Hidrografia
Cerca de 90.000 lagos cobrem aproximadamente 8,6% do território sueco. O maior deles é o Vänern, alimentado pelo rio Klar-Göta; com 5.585km2, é o terceiro da Europa em superfície. A rede hidrográfica notabiliza-se pelo volume de água e pela ocorrência de quedas d'água, intensamente aproveitadas na produção de energia elétrica. Os rios do norte do país atravessam florestas e deságuam no golfo de Bótnia, geralmente em grandes estuários. O rio Torne-Muonio, que faz a fronteira com a Finlândia, tem 570km e é o maior rio totalmente sueco. Outros rios importantes são o Pite, o Skellefte, o Ume, o Vindel, o Angerman e o Indals. Os poucos rios meridionais têm curso breve.

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